
Depois de perdermos cerca de
5% do PAMPA gaúcho para a
monocultura do eucalipto, agora querem transformar nosso Estado em um imenso
canavial para a produção de
agrocombustíveis (que tentam nos
empurrar goela abaixo como "biocombustíveis", mas na verdade de
bio não têm
NADA)
. Até o final deste mês, será concluído o detalhamento técnico do zoneamento agroclimático da cana-de-açúcar para todo o Brasil, conforme recentemente informou a subchefe-adjunta da Casa Civil da Presidência da República, Tereza Campelo.
De acordo com estudos da Fundação Estadual de Pesquisas Agropecuárias (
Fepagro), o RS dispõe atualmente de
840 mil hectares apropriados para o cultivo da cana. A inclusão do Estado no zoneamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (
Mapa) possibilitará a instalação de mais de
40 usinas com capacidade de
500l/dia de etanol e uma infinidade de
micro-destilarias e
alambiques, o que provavelmente tornaria o RS auto-suficiente na produção de etanol.

Agora que a
líder mundial das
papeleiras está quase quebrada – em função de
estripulias imprudentes no mercado financeiro –, querem aproveitar nosso território para a monocultura da cana-de-açúcar! Acho que não preciso nem falar sobre os
aspectos perversos desse tipo de cultivo. Este é o modelo de desenvolvimento adotado pelo governo Lula, que entende o Brasil APENAS como um grande exportador de produtos primários para as nações
ditas desenvolvidas. E isso, a que preço?
Desrespeito ao meio ambiente e
destruição da biodiversidade brasileira, uma das maiores (senão a MAIOR) riquezas deste país.
Nas fotos,
bóias-frias. Um personagem que se tornará comum aqui no RS caso nos tornemos produtores de cana. Submetidos a jornadas de trabalho extenuantes (
10 a 12 horas por dia), sem qualquer amparo por parte da legislação trabalhista, eles serão o contraponto à
euforia do governo federal com o etanol e demais agrocombustíveis. Representarão pois a face nefasta desta ideologia do crescimento a qualquer custo professada pela atual gestão do presidente Lula.
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