
Artigo da jornalista e escritora Tania Jamardo Faillace, companheira de lutas contra o Pontal do Estaleiro (e demais sem-vergonhices que tentam armar pra cima do POVO).
Ao que parece, a questão da orla vai-se estender por todo o novo governo Fogaça, e os interesses do governo e dos vereadores atuais coincidem:
mega-projetos entremeados de áreas de lazer, que obviamente, serão adequadas à ocupação por classes abonadas, e obstaculizadas às classes populares, uma vez que, em todas as ocasiões em que assuntos correlatos foram e são discutidos, a grande preocupação são as populações faveladas, chamadas de "marginais, baderneiras, criminosas, e sujas".
Assim, no meu entender, nossa proposta do parque ecológico, que teria por funções concomitantes, a construção de uma proteção vegetal termo-climática para a cidade a sua volta, e a promoção social, com incentivo à educação da juventude de baixa renda, e possíveis núcleos de geração de trabalho e renda, está completamente fora da questão na ótica das elites governantes.
Acho, pois, necessário, que se reserve um espaço e um tempo para discutir e acertar relógios a esse respeito, com ambientalistas, geógrafos, biólogos, educadores sociais, e estudantes de todas essas áreas, com participação de elementos das comunidades locais, inclusive do antigo núcleo de pescadores.
Sabemos que a principal reivindicação das classes abonadas em relação à orla do Guaíba, é que não sejam perturbadas em seus locais de moradia e lazer por elementos "estranhos" e "poluidores".
Ao que parece, na visão política da administração, o desejável é confirmar o apartheid social de uma forma segura, isto é, com o estabelecimento de zonas estanques para uma e outra classe – por aqui, não há risco de se estabelecerem assentos de brancos e pretos, pobres e classe média, nos ônibus, uma vez que estes só servem às pessoas de baixa renda.
Ou nos mexemos agora, ou nos calamos para sempre.
Ao que parece, a questão da orla vai-se estender por todo o novo governo Fogaça, e os interesses do governo e dos vereadores atuais coincidem:
mega-projetos entremeados de áreas de lazer, que obviamente, serão adequadas à ocupação por classes abonadas, e obstaculizadas às classes populares, uma vez que, em todas as ocasiões em que assuntos correlatos foram e são discutidos, a grande preocupação são as populações faveladas, chamadas de "marginais, baderneiras, criminosas, e sujas".
Assim, no meu entender, nossa proposta do parque ecológico, que teria por funções concomitantes, a construção de uma proteção vegetal termo-climática para a cidade a sua volta, e a promoção social, com incentivo à educação da juventude de baixa renda, e possíveis núcleos de geração de trabalho e renda, está completamente fora da questão na ótica das elites governantes.
Acho, pois, necessário, que se reserve um espaço e um tempo para discutir e acertar relógios a esse respeito, com ambientalistas, geógrafos, biólogos, educadores sociais, e estudantes de todas essas áreas, com participação de elementos das comunidades locais, inclusive do antigo núcleo de pescadores.
Sabemos que a principal reivindicação das classes abonadas em relação à orla do Guaíba, é que não sejam perturbadas em seus locais de moradia e lazer por elementos "estranhos" e "poluidores".
Ao que parece, na visão política da administração, o desejável é confirmar o apartheid social de uma forma segura, isto é, com o estabelecimento de zonas estanques para uma e outra classe – por aqui, não há risco de se estabelecerem assentos de brancos e pretos, pobres e classe média, nos ônibus, uma vez que estes só servem às pessoas de baixa renda.
Ou nos mexemos agora, ou nos calamos para sempre.
O pontal do estaleiro não pode e o shopping ao lado pode?
ResponderExcluirLembrando que já havia um HIPERMERCADO naquela área ANTES da construção do shopping.
ResponderExcluirO fato é que existe uma lei do município (Lei Complementar 470/2002) que proíbe edificações residenciais, industriais e depósitos naquela área da Ponta do Melo, onde querem construir o Pontal.
Outro ponto da lei é a altura máxima fixada em NOVE metros, quatro andares. Agora, querem modificar a lei para permitir 43 (isso mesmo, QUARENTA E TRÊS) metros!
Vão alterar a lei para beneficiar um único empresário, que terá lucros extraordinários com o negócio (adquiriu a área por apenas R$ 7 milhões em função das restrições legais para construção no local).
A lei atual (que, ademais, não é cumprida) prevê a construção de um parque naquele terreno, com acesso público e irrestrito à orla).