A preocupação com a destruição do patrimônio público, especialmente dos monumentos, motivou a sugestão de cercar os parques, apresentada pelo grupo de Gabriel Leiria, Matheus Monteiro, Raul Corsetti, Felipe Monteiro e Rodrigo Borges, todos de 13 anos. "O vandalismo deteriora os pontos turísticos de Porto Alegre", justificou Gabriel, da tribuna. Para mais segurança, eles propõem ainda a instalação de câmeras de vigilância e reforço do policiamento nos parques e nas áreas onde há monumentos.
Leia mais no sítio da Câmara.
Gostaria de saber se alguém explicou aos adolescentes que existem outras maneiras de aumentar a segurança e conter ações de vândalos em parques públicos ALÉM do cercamento, puro e simples. Sou da opinião de que esse tipo de iniciativa, de cercar os parques da cidade, só pode ter como objetivo a redução do espaço público na urbe.
Trata-se de um modelo de ocupação do espaço urbano, que desqualifica os locais públicos, como parques e praças, e valoriza espaços privados falsamente entendidos como públicos: shoppings centers, por exemplo. Não sou o primeiro a perceber que o prefeito Fogaça quer transformar Porto Alegre na capital nacional dos shopping centers.
A julgar por projetos como o Portais da Cidade, que prevê a construção de três terminais-shoppings, pelo descaso de sua gestão com praças e parques do município, e ainda pela vergonhosa concessão do auditório Araújo Vianna à Opus (a produtora ainda não iniciou as reformas no local, que por isso AINDA está fechado), parece mesmo que o próximo governo do alcaide reeleito será de crescente esvaziamento do espaço público em Porto Alegre.
Bem ao gosto da elite e da classe média pequeno-burguesa da província, que passa seus fins de semana desfrutando as maravilhas do consumo nos oásis artificiais que são os shoppings centers.
Foto: Pedro Revillion/CMPA.

Cercamento dos parques é inútil. Como qualquer medida que diz respeito à segurança pública. A pasta de segurança pública se chama educação. E ponto.
ResponderExcluirNossa senhora, faz tempo que eu não lia um texto com tantos chavões furados de esquerda. Volta pra 1914.
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